Friday, March 25, 2016

MULHERES QUE FIZERAM HISTÓRIA NO ISLAM (Parte 2)




-Aishah Bint Abu Bakr
A vida de Aisha é a prova de que uma mulher pode ser bem mais instruída do que os homens e que ela pode ser a mestra de pensadores e sábios. Sua vida também é a prova de que uma mulher pode exercer influência sobre homens e mulheres e proporcionar-lhes inspiração e liderança. Além disso, sua vida também é uma prova de que uma mesma mulher pode ser totalmente feminina e fonte de prazer, alegria e conforto para seu marido.
Ela não se formou por qualquer universidade. Na sua época não elas não existiam pelo menos da forma como conhecemos hoje. Mas suas expressões são estudadas nas faculdades de literatura, seus pronunciamentos legais são estudados nas faculdades de direito e sua vida e trabalhos são estudados e pesquisados por professores e alunos de história muçulmana da forma como aconteceram há mais de 1000 anos.
Esse vasto tesouro de conhecimentos foi obtido quando ela era ainda muito jovem. Ela foi criada por seu pai, que era muito querido e respeitado por ser um homem de grande conhecimento, maneiras gentis e presença agradável. Além do mais, ele foi o amigo mais próximo do nobre Profeta, que era um frequentador assíduo de sua casa desde os primeiros dias de sua missão.
Na juventude, já conhecida por sua beleza impressionante e sua formidável memória, ela chamou a atenção do Profeta. Como sua esposa e companheira chegada, ela adquiriu dele conhecimento e compreensão tais como nenhuma outra mulher jamais teve.
Aisha ainda viveu quase 50 anos depois da morte do Profeta. Ela foi sua esposa por cerca dez anos. Muito desse tempo ela passou estudando e adquirindo conhecimento das duas mais importantes fontes da orientação de Deus, o Alcorão e a Suna de Seu Profeta. Aisha foi uma das três esposas do Profeta (as outras fuas foram Hafsah e Umm Salamah) a memorizar a Revelação. Assim como Hafsah, ele tinha seu próprio exemplar do Alcorão, escrito depois que o Profeta morreu.
-Umm Salamah
Umm Salamah! Que vida notável ela teve! Seu nome verdadeiro era Hind. Ela era a filha de um dos notáveis da tribo Makhzun, apelidada de "Zad ar-Rakib", porque ela era conhecida por sua generosidade, principalmente com os viajantes. O marido de Umm Salaman era Abdullah ibn Abdulasad e ambos estavam entre os primeiros a aceitar o Islam. Apenas Abu Bakr e uns poucos, que podiam ser contados nos dedos da mão, se tornaram muçulmanos antes deles.
Assim que a notícia da conversão deles ao Islam se espalhou, os coraixitas reagiram com uma raiva incontida. Começaram a perseguir ferozmente Umm Salamah e o marido, mas o casal não vacilou nem se desesperou, permanecendo firme em sua nova fé.
A perseguição ficou mais e mais intensa e a vida em Macca tornou-se insuportável para muitos dos novos muçulmanos. O Profeta, então, deu-lhes permissão para emigrarem para a Abissínia. Umm Salamah e seu marido estavam na dianteira daqueles muhajirun que buscaram refúgio em terra estrangeira. Para Umm Salamah, isto significava deixar sua casa espaçosa e abandonar os laços tradicionais de família e honra por uma nova esperança e uma recompensa de Allah.
Umm Salamah se lembrava da oração que seu marido havia mencionado em seu leito de morte e começou a repeti-la: "Ó Senhor, deixo convosco esta minha aflição para Vossa consideração ..." Mas, ela não conseguia continuar... "Ó Senhor, conceda-me algo de bom", porque ela continuava se perguntando "Quem pode ser melhor do que Abu Salamah?" Mas, não ficou muito tempo sem completar sua súplica.
Os muçulmanos estavam muito condoídos da situação de Umm Salamah. Ela ficou conhecida como "Ayyin al-Arab", aquela que perdeu o marido. Ela não tinha ninguém em Medina exceto seu filho, era como uma galinha sem penas. Tanto os muhajirun quanto os ansar sentiam que tinham uma obrigação para com Umm Salamah. Quando ela completou o Iddah (três meses e dez dias), Abu Bakr pediu-a em casamento, mas ela recusou. Umar, então, pediu para se casar com ela mas também foi recusado. Então, o Profeta se aproximou e ela respondeu:
"Ò Mensageiro de Deus, eu tenho três características. Sou uma mulher extremamente ciumenta e tenho medo de que veja em mim algo que o irrite e que provoque a punição de Deus sobre mim. Sou uma mulher de idade já avançada e tenho uma família jovem."
O Profeta respondeu:
"Com relação ao ciúme de que você fala, pedirei a Deus, o Todo Poderoso, para que o afaste de você. No tocante à idade, também eu sofro do mesmo problema que você. No que se refere à uma família dependente, sua família é a minha família."
E eles se casaram e assim Deus respondeu às preces de Umm Salamah e lhe deu uma pessoa melhor do que Abu Salamah. Daquele dia em diante, Hind al-Makhumiyah não foi apenas a mãe de Salamah, mas a mãe de todos os crentes, Umm al-Mu'mineen.
-Zainab al-Ghazali é uma mulher especial. Assim como Aisha Abd al-Rahman, ela é uma egípcia que defende os direitos das mulheres muçulmanas, em consonância com o que ela percebe ser a doutrina islâmica correta. Foi uma ativista islâmica. Nasceu no Egito em 1917 e ainda na sua juventude, foi um membro ativo da União Feminista Egípcia, fundada por Huda al-Sha'rawi, em 1923. Renunciou ao cargo por discordar das opiniões e ideais do movimento de libertação das mulheres e, aos 18 anos, em 1936, ela fundou a Associação das Mulheres Muçulmanas, a fim de organizar as atividades femininas, de acordo com as normas e propostas islâmicas. Esta organização prestou serviços inestimáveis aos pobres, órfãos e desvalidos. Embora ela conhecesse Hasan al-Banna, o fundador da Fraternidade Muçulmana, desde os anos 30, e tivesse participado ativamente de muitos programas islâmicos, somente em 1948 ela vai se juntar à Fraternidade.
"O Islam concedeu tudo tanto a homens como a mulheres. Deu tudo às mulheres - liberdade, direitos econômicos, políticos, sociais, direitos públicos e privados. O Islam concedeu às mulheres direitas na família jamais assegurada por nenhuma outra sociedade. As mulheres podem falar de liberação nas sociedades cristã, judaica ou pagã, mas na sociedade islâmica é um grave erro falar da liberação das mulheres. A mulher muçulmana precisa estudar o Islam e assim ela saberá que foi o Islam quem lhe concedeu todos os direitos."
De acordo com ela, o Islam não aceita um sistema pluripartidário porque o sistema em si já é completo, com os muçulmanos tendo o direito de escolher seu governante e o dever de obedecê-lo enquanto ele permanecer fiel ao Islam. Outros sistemas ou regimes foram feitos pelo homem e são inferiores ao Islam, que foi feito por Deus. Não muçulmanos de outras religiões ou ateus serão tratados pelo estado islâmico de acordo com as prescrições do Alcorão e da Sunna. Zaynab al-Ghazali pensa que o sistema islâmico trará justiça a todos, mas os muçulmanos precisam primeiro permanecer unidos. Pode haver diferenças de opiniões entre os muçulmanos a respeito de questões desde que não haja divisões em suas fileiras: eles podem divergir nos meios, mas não nos fins, onde a meta deverá sempre ser a unidade.

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