Friday, March 25, 2016

MULHERES QUE FIZERAM HISTÓRIA NO ISLAM (Parte 1)



O Islam, hoje, é uma grande força no mundo. Mas, houve um tempo em que, quando ele ainda engatinhava, precisou de proteção contra os ventos da idolatria e do politeísmo. Os muçulmanos não podem se esquecer de figuras importantes na construção dos alicerces do Islam entre elas estão:

Khadija bint Khuwaili
Fatimah Bint Muhammad
Aishah Bint Abu Bakr
Umm Salamah
Zaynab al-Ghazali

-Khadija foi testemunha ocular do nascimento do Islam. Foi em sua casa que o Islam foi sendo esculpido e moldado. Foi a partir de sua casa que o Islam "alçou voo". Sua casa foi o lar do Alcorão, o Livro de Deus e código religioso e político do Islam. Durante 10 anos as mensagens foram sendo trazida pelo anjo Gabriel e Khadija foi quem mais colecionou essas primeiras revelações vindas de Deus. Ela foi à primeira esposa do último dos profetas de Deus. Ela foi a primeira crente. Foi ela a primeira ser humano a declarar que o Criador era Um e que Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) era Seu profeta. Ela foi a companheira constante de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele). Até a sua morte, Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) dedicou exclusivamente a Khadija todo o seu amor, afeto e amizade. Ela foi a primeira pessoa a oferecer preces a Deus juntamente com seu marido.
O Mensageiro de Deus honrava e estimava Khadija. Jamais discordou dela antes de receber a revelação. Mesmo após a sua morte, ele sempre se lembrar dela e não se cansava de exaltá-la. Certa vez, Aisha enciumada, disse ao Profeta: "Na verdade, Deus não lhe deu nada melhor do que uma velha." O Profeta se irritou e disse: "Não, por Deus, juro que Allah jamais me concedeu nada melhor do que ela. Ela foi a esposa que acreditou em mim quando ninguém acreditava. Ela confirmou minha honestidade quando todos me acusavam de mentiroso. Ela me sustentou quando todos me despojaram. Através dela, Allah me concedeu os filhos que nenhuma outra mulher me deu." O Profeta estava tão irritado que sua testa tremia e então eu disse para mim mesma: "O Deus, se a raiva do Profeta se aplacar nunca mais repetirei o que disse."
E Aisha também disse: "Nunca tive ciúmes das outras esposas do Profeta como tive de Khadija. Eu não a conheci mas o Profeta costumava se lembrar sempre dela. Quando ele sacrificava um carneiro, era comum ele cortar algumas partes e mandar para os amigos de Khadija. Algumas vezes eu dizia a ele: 'É como se não houvesse outra mulher no mundo além de Khadija.' E ele respondia: 'Como posso esquecê-la? Ela me deu os filhos mais amados.' "
Aisha também disse: "O Mensageiro de Deus quase sempre antes de deixar a casa citava Khadija e a louvava."
Khadija, a Mãe dos Crentes, morreu ajudando o Mensageiro de Deus a transmitir o chamado do Islam. Tinha, então, 65 anos e sua morte se deu três anos antes da migração para Medina. O próprio Profeta a enterrou com suas mãos. Sua morte representou uma grande perda para ele.
-Fatimah Bint Muhammad
Fátima foi o quinto filho de Muhammad (que a Paz e a Bênção de Deus estejam sobre ele) e Khadija. Ela nasceu na época em que seu pai começou a passar longos períodos em solidão nas montanhas perto de Macca, meditando e refletindo sobre os grandes mistérios da criação.
Sua irmã mais velha tinha se casado com seu primo, al-Aas ibn ar-Rabiah. Em seguida veio o casamento de suas duas outras irmãs, Ruqayah e Umm Kulthun, com os filhos de Abu Lahab, um tio paterno do Profeta. Tanto Abu Lahab quanto sua esposa, Umm Jamil, tornaram-se inimigos ferozes do Profeta quando este iniciou sua missão.
Assim, a pequena Fátima viu suas irmãs deixaram a casa paterna, uma após a outra, para irem viver com seus maridos. Ela era muito nova para compreender o significado do casamento e as razões pelas quais suas irmãs estavam indo embora. Fátima devotava grande amor às irmãs e se sentiu muito só. Conta-se que certa tristeza se abateu sobre ela.
É claro que naquele tempo, mesmo depois do casamento de suas irmãs, ela não ficou sozinha em casa de seus pais. Barakah, a serva de Aminah, mãe do Profeta, que tinha cuidado dele desde o seu nascimento, Zayd ibn Harithah e Ali, o filho de Abu Talib, faziam parte da casa de Mohammad. E claro que tinha sua amada mãe, Khadija.
Fátima encontrou em Barakah e em sua mãe grande consolo. Em Ali, que era dois anos mais velho do que ela, encontrou um "irmão" e amigo que, de alguma forma, havia ocupado o lugar de seu irmão al-Qasim, que havia morrido cedo. Abdullah, seu outro irmão, conhecido como o Bom e Puro, que nasceu depois dela, também havia morrido ainda criança. No entanto, ninguém da casa de seu pai lhe dera tanta alegria e felicidade como suas irmãs. Ela era uma criança muito sensível para a sua idade.
Quando estava com 5 anos, soube que seu pai tinha-se tornado Rasul Allah, o Mensageiro de Deus. Os primeiros a receberem as boas novas do Islam foram sua família e os amigos mais chegados. Eles deviam adorar a Deus Todo Poderoso somente. Sua mãe, que era um baluarte de força e amparo, explicou a Fátima o que seu tinha que fazer. A partir daquele momento ela ficou mais intimamente ligada a ele, devotando-lhe um profundo e respeitoso amor. Muitas vezes ela sairia pelas ruas estreitas de Macca, visitando a Caaba ou assistindo aos encontros secretos dos primeiros muçulmanos que haviam abraçado o Islam e prometido fidelidade ao Profeta.
Fátima tinha uma forte semelhança com seu pai. Aisha, a esposa do Profeta, disse sobre ela: "Jamais vi nada na criação de Deus que lembrasse mais o Mensageiro de Deus na palavra, nas conversas e no modo de sentar, do que Fátima. Quando o Profeta a via chegar, ele a cumprimentava se levantava e a beijava, tomava-a pela mão e a fazia sentar-se no lugar onde ele estava sentado." Ela fazia a mesma coisa quando ele ia visitá-la. Ela se levantava, cumprimentava-o com alegria e o beijava.
O modo fino e gentil de falar era parte de sua personalidade afetuosa e amorosa. Ela era especialmente amável com os pobres e indigentes e algumas vezes distribuía toda a comida que tinha para aqueles necessitados, ainda que ela mesma ficasse com fome. Não tinha desejos pelas coisas deste mundo nem almejava uma via luxuosa e confortável. Vivia de maneira simples, embora em certas ocasiões, que veremos adiante, as circunstâncias pareciam ser muito difíceis para ela.
Ela herdou de seu pai uma eloquência persuasiva, cheia de sabedoria. Quando falava, as pessoas muitas vezes chegavam às lágrimas. Tinha a habilidade e a sinceridade de despertar as emoções, levar as pessoas às lágrimas e encher seus corações com louvor e gratidão a Deus por Suas graças e inestimáveis bênçãos.
Não demorou muito e o nobre Profeta morreu. Fátima ficou muito abalada e muitas vezes ela foi vista chorando profusamente. Um dos companheiros percebeu que nunca mais viu Fátima sorrir depois da morte de seu pai.
Uma manhã, no início do mês de Ramadã, um pouco menos de 5 meses depois da morte do pai, Fátima acordou parecendo muito feliz e cheia de alegria. Na tarde desse dia, conta-se que ela chamou Salma bint Umays, que cuidava dela, e pediu para se banhar. Depois vestiu roupas novas e se perfumou. Em seguida pediu a Salma que levasse sua cama para o quintal da Casa. Com o rosto voltado para o céu, ela pediu que chamasse o marido Ali.
Ele se surpreendeu quando viu a cama no meio do quintal e perguntou a ela o que havia de errado. Ela sorriu e disse: "Tenho um encontro hoje com o Mensageiro de Deus."
Ali chorou e ela tentou consolá-lo. Ela lhe disse para cuidar dos filhos al-Hasan e al-Husayn e pediu para ser enterrada sem cerimônias. Olhou para cima mais uma vez e então fechou os olhos e entregou sua alma ao Criador Todo Poderosos.
Fátima, a Resplandescente, tinha apenas 29 anos de idade.

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